Amores Materialistas

CRÍTICA

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Trazendo o queridinho Pedro Pascal e o sempre carismático Chris Evans, "Amores Materialistas" tenta ser mais uma aposta certeira da A24, mas entrega apenas um romance clichê que se sustenta no carisma dos atores. A proposta até é interessante: um triângulo amoroso entre passado e presente, onde a protagonista Lucy (Dakota Johnson), especialista em encontros amorosos, se vê perdida em sua própria vida sentimental.

O filme cria uma dualidade atrativa entre os dois interesses amorosos, um rico e bem-sucedido, o outro mais simples e ligado ao passado. Essa escolha entre "razão e emoção", "futuro e lembrança", funciona no início, mas vai perdendo força conforme o roteiro tenta se aprofundar em aspectos profissionais que não convencem e só servem para esticar a indecisão de Lucy.

As atuações são decentes, mas o material não exige grandes performances. O maior problema talvez seja a falta de desenvolvimento dos personagens masculinos, que acabam caindo em estereótipos rasos. O envolvimento emocional, essencial em romances, não acontece se você não se conectar com os dilemas da protagonista, o que, no meu caso, não rolou.

No fim, Amores Materialistas é um filme feito sob medida para quem ama o gênero romance e quer apenas ser entretido com uma fórmula já conhecida. Mas se você espera algo mais profundo ou diferente, talvez encontre só mais do mesmo.

NOTA: 6,5 | 10