Anônimo 2

CRÍTICA

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Seguindo o mesmo caminho trilhado pelo primeiro filme, "Anônimo 2" chega de forma discreta, mas rapidamente mostra a que veio: entregar um entretenimento sólido dentro do cinema de ação. O longa não busca complexidade narrativa, e sim a eficácia em misturar drama familiar com sequências eletrizantes. O roteiro é simples, ao usar um conflito doméstico básico como ponto de partida para justificar a violência e os confrontos que se seguem.

Grande parte dessa força também vem do carisma de Bob Odenkirk. Assim como no primeiro filme, ele foge do estereótipo clássico do herói de ação musculoso e indestrutível. Ao contrário, sua presença transmite uma vulnerabilidade que só torna as cenas mais intensas, pois o espectador sente o peso físico e emocional de cada embate. Outro ponto que merece destaque é a trilha sonora. Além de acompanhar com precisão o ritmo das lutas, ela surpreende ao incluir uma música brasileira, acrescentando um tempero inusitado às sequências. Essa escolha mostra um cuidado em tornar a experiência ainda mais diferenciada.

No fim das contas, "Anônimo 2" não tenta ser mais do que é. Não há aqui grandes reviravoltas ou reflexões profundas, trata-se de uma narrativa simples que serve como base para um show de ação intenso, violento e bem filmado. Para quem busca justamente isso, um filme de tiro, porrada e bomba conduzido com energia, estilo e um protagonista carismático, a produção cumpre com o que promete.

Ainda que previsível, essa escolha funciona dentro da proposta do filme, servindo como gatilho para mergulhar o espectador em um espetáculo de intensidade crescente.

Nota : 7,5 | 10.

O verdadeiro destaque, está na execução da ação. As cenas são muito bem coreografadas, explorando não apenas a brutalidade dos combates, mas também a inventividade no uso de cenários e objetos. O trabalho de câmera é criativo e mantém a energia em alta, evitando a repetição e o cansaço que muitas vezes prejudicam produções do gênero.