Bailarina - Do Universo de John Wick
CRÍTICA


Tentando expandir ainda mais o universo de John Wick ao tirar o foco do protagonista, "Bailarina" se apresenta como um bom filme de ação que consegue manter a essência do que foi estabelecido nos filmes principais da franquia. A produção acerta ao explorar um novo olhar dentro desse mundo de assassinos, mantendo o estilo visual e as coreografias de combate que já são marcas registradas da saga. O roteiro, embora básico, cumpre sua função. Ele tenta criar um passado interessante para a protagonista e, mesmo apostando em fórmulas já conhecidas, funciona justamente por sabermos onde estamos pisando. Afinal, o universo de John Wick já é bastante estabelecido, o que permite que o filme se apoie mais na ação do que em uma trama profundamente complexa — e, nesse gênero, isso é aceitável. Ana de Armas entrega uma boa atuação e se destaca especialmente nas cenas de ação, que são o ponto alto do filme. Sua presença é carismática e fisicamente convincente, consolidando-a como uma protagonista à altura do universo.
A adição de Norman Reedus também é um acerto: ele traz uma energia que agrega bastante ao tom do longa. Já Keanu Reeves, como sempre, impõe presença e a escolha de dosar sua participação foi acertada, afinal, essa não é mais a história de John Wick. Apesar de alguns deslizes ao longo do caminho, "Bailarina" é uma adição sólida à franquia.
O longa se diferencia por apresentar uma protagonista feminina forte e carismática, o que dá novo fôlego à saga e abre espaço para possíveis sequências. Para os fãs do universo, é um capítulo que vale a pena conferir.
NOTA: 8,0|10
