Capitão América: Admirável Mundo Novo

CRÍTICA

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Em "Capitão América: Admirável Mundo Novo", Sam Wilson finalmente assume o protagonismo em um filme solo, consolidando-se como o novo Capitão. Sem buscar grandes inovações, o longa aposta na simplicidade e acerta ao entregar uma narrativa coesa, com bons momentos de ação e um conflito interessante entre o Capitão e o General Ross. O roteiro faz um trabalho eficiente ao questionar se Sam está realmente pronto para carregar o escudo, gerando dúvidas sobre sua capacidade de assumir essa responsabilidade. Anthony Mackie é, sem dúvida, o ponto alto do filme. Ele encarna muito bem o novo Capitão, equilibrando humor e carisma, mas trazendo uma diferença crucial: sem o soro do super-soldado, sua humanidade se torna mais evidente, tornando-o um herói mais vulnerável e, ao mesmo tempo, mais inspirador. Harrison Ford, por sua vez, entrega uma interpretação que se alinha bem com o General Ross, funcionando como um dos antagonistas do longa.

Sua persona de Hulk Vermelho empolga, mas sua aparição é breve demais para causar um impacto maior. Já o outro vilão, Samuel Sterns, acaba sendo um ponto fraco. Apesar de não ser mal desenvolvido, seu plano se desenrola com facilidade demais, tornando os demais personagens ingênuos e sem grande capacidade de reação. Isso enfraquece a ameaça e tira um pouco do peso do conflito. Os efeitos visuais são competentes, e as cenas de ação conseguem mesclar bem combates aéreos, lutas corpo a corpo e o uso de habilidades especiais, criando sequências dinâmicas e empolgantes. Embora o filme não tente inovar dentro do gênero, sua execução segura evita grandes deslizes.

No fim, "Capitão América: Admirável Mundo Novo" pode não ser um marco para o UCM, mas cumpre sua proposta com eficiência. Ao apostar na simplicidade e na humanidade de Sam Wilson, o filme entrega um novo Capitão que, apesar dos desafios, prova ser digno do escudo.

Nota: 7,5 | 10