Flow

CRÍTICA

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Emocionar ou contar uma história sem diálogos já é um desafio em um curta-metragem, imagine então fazê-lo com maestria em um longa. Flow consegue essa façanha de forma impressionante. O roteiro nos transporta para um mundo pós- apocalíptico inundado, conduzindo uma aventura empolgante protagonizada por um gato preto e seus companheiros. Sem explicações diretas, a narrativa se desenrola de maneira misteriosa, instigando o espectador a descobrir os detalhes desse universo por conta própria.

A fotografia encanta ao retratar um mundo submerso de maneira bela e quase poética. A animação, apesar de aparentemente "simples", dá vida a um universo vasto e cheio de possibilidades, equilibrando mistério e imaginação de forma magistral. Essa escolha estética serve perfeitamente à proposta do filme: contar a história pelo olhar de um gato, explorando as diferenças entre os animais e como eles superam desafios juntos.

Em uma época em que falta criatividade e inovação em muitas produções, Flow se destaca ao emocionar, divertir, intrigar e criar tensão sem precisar de uma única linha de diálogo. É uma experiência visual e sensorial que prova que, quando bem executada, simplicidade pode ser grandiosa.

Nota: 10 | 10