Lilo & Stitch

CRÍTICA

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Depois de um live-action fraquíssimo como "Branca de Neve", minha expectativa estava baixa. No entanto, "Lilo & Stitch" surpreende de forma positiva, mesmo que com algumas ressalvas. O roteiro segue com bastante fidelidade à animação original, preservando cerca de 70% da história. Isso funciona na maior parte do tempo, apesar de algumas escolhas questionáveis, como a retirada de certos personagens ou a modificação de suas funções, o que acaba levando a trama para caminhos um pouco diferentes.

Por tentar andar com as próprias pernas, algumas decisões narrativas não me agradaram tanto. Por outro lado, um dos pontos altos do filme está no drama da Nani, que é explorado de forma mais profunda e muito pertinente aos dias atuais. Isso dá uma camada extra de emoção e aproxima ainda mais o público da realidade dessas irmãs. As atuações estão boas, com destaque absoluto para a atriz mirim Maia Kealoha, que interpreta a Lilo, ela é carismática, fofa e transmite muito bem a essência da personagem. A interação com Stitch, que está bem feito no quesito CGI, é convincente e cheia de química.

Entretanto, fica evidente que a Disney quis economizar ao adaptar alguns personagens, que acabam sendo "maquiados" como humanos, perdendo um pouco da originalidade da animação. É inegável que a fofura, o charme e a magia da animação são praticamente inalcançáveis, mas o filme tenta, de forma honesta, capturar essa essência. A trilha sonora cumpre bem seu papel, mantendo o espírito divertido e acolhedor da obra. No fim das contas, "Lilo & Stitch" entrega um live-action simpático, feito claramente para tentar alcançar uma nova geração de crianças, mas que também consegue agradar quem tem carinho pela animação original. Não é perfeito, mas vale a pena conferir.

NOTA: 7,5/10