Nosferatu

CRÍTICA

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Os filmes de Robert Eggers são, no mínimo, peculiares, e com Nosferatu isso não é diferente. O roteiro se dedica a construir, de maneira lenta e metódica, tanto o personagem principal quanto o universo que o cerca. Embora essa abordagem tenha sua elegância, o ritmo lento pode gerar certa monotonia. As cenas que envolvem a "ação do mal" de Nosferatu demoram a acontecer até a metade do segundo ato, o que pode não agradar a todos.

O elenco é um dos pontos altos do filme. Lily-Rose Depp entrega uma atuação marcante, trazendo intensidade e profundidade à sua personagem. Bill Skarsgård, por sua vez, cumpre bem o papel de gerar repulsa ao longo da narrativa. No entanto, a caracterização de Nosferatu deixou a desejar, prejudicando parcialmente sua persona. A estética do filme é impecável, com uma fotografia deslumbrante e meticulosamente planejada. Cada plano parece pensado para se assemelhar a uma obra de arte.

A trilha sonora complementa muito bem a experiência visual, amplificando a imersão do espectador. Por outro lado, senti falta de uma conexão emocional mais forte com os personagens. Mas mesmo assim, o filme me causou um sentimento estranho ao assisti-lo; mesmo não tomando sustos, ele conseguiu mexer de certa forma com minha mente, o que, de certa forma, é bom no gênero terror.

No geral, Nosferatu é um filme que impressiona pela excelência técnica e pela construção cuidadosa do Conde. Contudo, o ritmo lento e a falta de uma ligação emocional mais profunda tornam a experiência um pouco cansativa em alguns momentos. É uma obra que vale a pena ser vista, mas exige paciência do espectador.

Nota: 8,0 | 10