Predador: Terras Selvagens

CRÍTICA

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“Predador: Terras Selvagens” chega como mais uma adição ao universo da franquia, e, curiosamente, no mesmo ano em que a excelente animação “Predador: Assassino de Assassinos” já havia surpreendido os fãs. Mesmo assim, o novo filme consegue se destacar ao trazer uma abordagem diferente do guerreiro yautja e de sua cultura, evitando a repetição e apostando numa construção mais íntima de personagem.

Outro acerto está na participação de Elle Fanning. Além de formar uma dupla improvável e carismática com Dek, sua personagem funciona como alívio cômico na dose certa e também como elo narrativo, concentrando informações e cumprindo um papel essencial para que a história avance. A química entre os dois traz frescor a um universo geralmente marcado por tons mais brutais e sérios.

Tecnicamente, o filme apresenta altos e baixos. A trilha sonora é simples e funcional, sem grandes momentos memoráveis, mas acompanha bem o clima proposto. Já o CGI oscila: há cenas visualmente impactantes e outras que parecem apressadas, com texturas superficiais que destoam um pouco da qualidade geral da produção

No conjunto, “Predador: Terras Selvagens” é um bom filme da franquia. Acrescenta novas camadas ao personagem sem contradizer seu legado e entrega algo diferente, sem cair no erro de querer reinventar tudo ou de desrespeitar o material original como alguns chegaram a temer. Pelo contrário, a obra expande o universo do Predador de forma respeitosa e interessante, mostrando que ainda há muito terreno selvagem a ser explorado.

Nota : 8,0 | 10

O desenvolvimento do predador Dek é o ponto alto. A narrativa acompanha sua trajetória desde os primeiros passos como um caçador inexperiente até sua maturação emocional e técnica, movida por um forte desejo de vingança. Essa evolução é bem amarrada pelo roteiro, que usa os desafios do protagonista como forma de explorar rituais, códigos e fragilidades pouco mostrados nos filmes anteriores.