Superman

CRÍTICA

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"Superman" marca o início de um novo ciclo na DC e, felizmente, começa com o pé direito. Comandado por James Gunn, o filme apresenta não apenas uma nova visão para um dos personagem mais icônico da editora, mas também estabelece o tom de um universo compartilhado que promete ser mais coeso, ousado e relevante. O roteiro vai além da simples luta entre o bem e o mal. Aqui, temas contemporâneos como fake news, geopolítica e discurso de ódio são integrados de maneira orgânica à narrativa, dando profundidade ao conflito e tornando o Superman uma figura ainda mais necessária. O herói, vivido com carisma e humanidade, carrega a essência do personagem: sua bondade inabalável, empatia genuína e uma fé inquebrável na humanidade. Lex Luthor se firma como um bom antagonista. Sua ameaça não é apenas física, mas ideológica, o que realmente abala o protagonista.

O duelo entre eles ganha força justamente por esse embate de valores. Já os personagens secundários como Lois Lane, Lanterna Verde e Metamorfo agregam na trama, com destaque para Krypto e Senhor Incrível. Mas alguns deles sofrem com a falta de desenvolvimento. A sensação é de que todos já estão estabelecidos e prontos, o que acelera o ritmo, mas reduz o impacto emocional de suas participações em alguns momentos. A edição no primeiro ato é um ponto que merece atenção. Há momentos em que se percebem cortes abruptos, indicando que algumas transições entre cenas foram sacrificadas em prol da fluidez da trama.

Apesar disso, o filme se encontra rapidamente e entrega cenas de ação empolgantes, com um CGI competente e um uso de câmera que traz dinamismo e imersão à experiência. O humor também está bem presente e me tirou algumas risadas. No fim das contas, "Superman" é um filme que não apenas honra o legado do personagem, mas também reacende a esperança nos fãs quanto ao futuro da DC nos cinemas. Com James Gunn no comando, esse novo universo tem tudo para encontrar equilíbrio entre entretenimento e relevância. E se esse primeiro capítulo é um indicativo do que está por vir, então há, de fato, muitos motivos para acreditar.

NOTA:8,5|10