Thunderbolts*

CRÍTICA

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Sem o peso das expectativas que normalmente acompanham os grandes lançamentos da Marvel, Thunderbolts chega como um “Vingadores da série B” e isso, surpreendentemente, joga a seu favor. O filme sabe que não precisa reinventar a fórmula e se apoia no básico, entregando uma experiência sólida, ainda que longe de memorável. O roteiro é direto, sem grandes reviravoltas ou ambições, mas a simplicidade funciona. A dinâmica entre os personagens é um dos destaques: fluida, com interações naturais que sustentam boa parte da narrativa. As cenas de ação, bem coreografadas, evocam a “fase raíz” da Marvel, com um toque mais físico e menos dependente de CGI exagerado.

O humor acerta o tom, sem tentar roubar a cena. A vilã, no entanto, está ali apenas como um dispositivo narrativo, pouco desenvolvida e sem impacto real. Sua principal função é trazer à tona o Sentinela, que demora a se consolidar como ameaça, mas, quando finalmente entra em cena, entrega um personagem fascinante. Sua instabilidade mental, oscilando entre o herói e o vilão, é um sopro de complexidade num filme que até então seguia o manual. O clímax pode soar anticlimático para alguns, mas está em sintonia com a proposta do filme e, principalmente, com a desproporção entre o poder do Sentinela e o restante da equipe.

Não há promessas grandiosas, e isso torna "Thunderbolts" um filme honesto, algo raro na recente leva de lançamentos medianos do estúdio. Em resumo, "Thunderbolts" não revoluciona, mas acerta ao não tentar ser mais do que é. E, nesse acerto de expectativas, acaba sendo uma grata surpresa

NOTA: 8,0|10

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