Uma Batalha Após A Outra
CRÍTICA


Fui assistir a "Uma Batalha Após a Outra" com a expectativa de encontrar um dos grandes filmes do ano, e, de certa forma, essa expectativa foi parcialmente suprida. O roteiro propõe discutir a ideia de "revolução" contra injustiças sociais e questões ligadas à imigração, mas é na abordagem da paternidade que o longa realmente encontra força.
Talvez minhas expectativas tenham sido elevadas demais, especialmente por se tratar de um filme dirigido por Paul Thomas Anderson, um nome que carrega peso e gera naturalmente curiosidade. Ainda assim, "Uma Batalha Após a Outra" está longe de decepcionar: é uma experiência sólida, que mistura emoção, humor e ação, deixando como saldo um bom entretenimento e algumas risadas inesperadas.


Nota : 8,5 | 10
O primeiro ato se mostra arrastado e pouco envolvente, dificultando a compreensão de para onde a trama se encaminha. No entanto, quando a relação entre o personagem de Leonardo DiCaprio e sua filha assume o centro da narrativa, o filme ganha ritmo e emoção. Essa dinâmica é construída com sensibilidade, despertando empatia imediata no espectador.
Outro destaque é a performance de DiCaprio, que surpreende ao assumir também o papel de alívio cômico, entregando cenas leves e divertidas que equilibram o tom da obra. Sean Penn, no papel de antagonista, cumpre bem a função de gerar antipatia, sendo um contraponto eficiente ao protagonista.
A trilha sonora reforça a intensidade das cenas de ação, enquanto a fotografia brilha sobretudo nas perseguições de carros em meio ao deserto, proporcionando momentos visualmente impactantes. Já o desfecho, embora funcional, deixa algumas lacunas que poderiam ter sido melhor desenvolvidas.
